filhos,
os conjuro.
os chamo do final da curva do mundo.
de onde a terra é seca
e a fome é tanta,
os conjuro.
venham andando meus filhos,
os mais rápidos,
uns mais devagar.
a mulher que deixou tudo para trás,
e o bom homem para quem tanto faz.
as rãs pesticidas do egito,
os chineses e seus murais,
os conjuro,
para vir de onde vier,
do final da curva do mundo.
que venham as criaturas vis,
perdidas em tantos mausoléis,
os pasteleiros de assis,
e o pastoteiro com não sei quantos rés.
espero pacientemente amordaçados de magritte,
com a cabeça nunca por descobrir,
as virgens reconstruídas da áfrica,
e as que defloradas foram
em outros tantos lugares.
com a cabeça baixa vou esperando,
brotarem da curva como água da terra,
as mais doces tenebrosas criaturas,
imagino paisagens pastéis,
e as espero,
enquanto o mundo desaba aos meus pés.
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3 comentários:
Gostei do texto. Mas peço cuidado.
Por favor, não quero criar mais um mal entendido, entendeu? Gostei do seu texto. Esqueça-se do cuidado. Continue escrevendo.
Mas se pedisse a minha opinião, que não valeria grande coisa mesmo, eu diria para apertar uma pouquinho mais a maldita norma. Não deixe que ela te artalpahe.
Volta e meia passarei por aqui, se não incomodo.
Tudo de bom!
Pimenta
pedro pimenta?
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