ele desceu do trem com as mãos nos bolsos, para segurar a calça que caia.
atravessou caminhos dispersos, rios escorregadios, sorrisos perversos.
quando quis sentar que viu,
chifres de boi num inseto com patas.
não sentiu medo,
sentiu-se atração,
pois o bicho sem olhos o guardava com o olhar.
o mundo se fez manso e sólido
e esqueceu-se como sempre de matéria-poesia.
acordou com a vizinha lhe avisando que o inseto lhe subira as calças.
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