Ela abriria os olhos nessa segunda feira como se o ano fosse outro, o país, e o sexo. Acordasse francesa nem saberia que horas eram e deixaria a fome para o vento, o café na janela. Porém, abriria os olhos, deixaria o corpo se levar pelas pernas e talvez fizesse outros amigos.
Era segunda feira e acordou com os braços doendo, e um vontade frouxa de não se ser não se vendo.
Era pouco e acordou, como se os dentes ainda não tivessem nascido e no lugar dos olhos tivesse apenas filmes mudos, amores brutos.
Acordou sem dentes, embora mordesse. E ainda dormisse.
Viveu, porém por breves momentos
e apenas nua e bem viva
no centro de uma mentira.
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3 comentários:
muito bom
brigada
Gosto dos seus textos.
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