se sono me espalho,
não há corpo que me seja
não há pele
não há rosto.
quando acordo apenas banho
que me organiza se há sol.
toco-me os poros,
chamo-me gente com algum nome que encontrar,
sinto-me e sei.
passo a conhecer o limite da pele
que é onde o mundo acaba.
a rotina secunda o mesmo,
os horários coincididos nos relógios das gentes,
linhas de ônibus coincididas nos mesmos espaços.
a noite tudo dorme se espalhando,
esquece o nome,
e perde a hora.
a noite tudo é sonho,
rua é sonho, cão é sonho.
tudo a mesma massa porosa.
de manhã por acidente,
tudo volta exato ao seu lugar de ontem,
sem suspeitar e sem sono.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Não soube acabar,
mas o sentimento é bom..
Postar um comentário