as palavras são
como sempre saem,
traiçoeiras
vulgares,
a procura de algo
que eu não sei dizer.
das suas palavras
prefiro escutar,
não as cores
dessa cidade,
mas o barulho discreto
e insistente do mar.
das coisas que digo,
a maioria você ouve,
e responde,
sem erro e embaraço.
mas nessas noites,
possivelmente banais,
eu prefiro
quando você não consegue escutar,
e eu olhando nos seus olhos,
entendo com o brilho mudo
do espanto.
que talvez seja por cor,
que o olhar escolha
o que do mar em ti há.
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Um comentário:
queria que você escrevesse mais...
tô sentindo muita falta de te ler.
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