quinta-feira, abril 01, 2010

dois

Como quem conhece o amanhã
ele chegava perto dela.
Era sempre noite
e ele cheirava bem.
Ela não sabia que era mais bonita que ele,
que seu charme era acreditar
na beleza dele.
Ele às vezes ia de branco,
ela muitas vezes de vermelho.
Tentava assim substituir sua timidez por outra coisa qualquer,
como os cabelos despenteados,
e os gestos impulsivos.
Ele ria quase sempre,
não sabia que seu charme
era acreditar na beleza dela.

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