é noite ou chuva.
deixa a imensidão azul cair nos meus olhos,
e entender qualquer coisa ou quase nada.
A cada volta que ela dá
a barra do vestido da rainha vem me molhar.
ela dança longe longe
não vejo o baile,
mas escuto os tambores.
eu vejo é a fumaça
que acompanha tão bem
a embriaguez do fígado ou da alma.
o rosto moreno dela se esconde nos passos e véus,
se ela olhar demais nos seus olhos
gira gira e puxa muito
labirinto de se afogar na escuridão.
respira fundo,
aqui você é pequeno demais.
estica os pés.
Lá em cima o moço fecha os passos fazendo a corte,
seu terno branco, anoitecido
é negro e negra é a ferida.
os dois se chamam
cachaças e excessos,
segredos sussurados em ventos,
danças correntes de ar,
a noite elétrica profunda e azul.
perder o pé, o gole
deixa-los dois
e dormir aninhado em amplidão.
de manhã a luz é pouca com cuidado para não os acordar.
tudo é ressaca, preguiça.
na praia sozinho você se estica,
flores e garrafas vazias.
5 comentários:
não sei o que aconteceu, chorei.
chorou porque não é um porco,
é rato.
vamos viajar nega,
vamos ver o mar.
os ratos não sabem se choram de amor ou de loucura.
vamos ver o mar! 'foi beira mar, foi beira mar quem chamou!' - salve Clara!
neeeeega, li um texto que você PRECISA ler.
entende?
é da ines pedrosa, chama "só sexo"
eu vou procurar! quero ler.. quero muito! É o que você falou? Ou é outro... Tinha entendido que o que vc falou era coisa sua... beijo na ponta do narizim!
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