segunda-feira, fevereiro 12, 2007

u-alter

positivamente estava próxima do in-consciente
divisando linhas imaginárias das certezas
sabendo o que ainda não escreveram nos livros
o que eles -ainda- chamam de loucura

havia a interface entre as pessoas e os mundos
e as idéias
que eram reais e além de tudo sólidas

tinha fatos
como o de que tudo era fluxo
e fluxo era

como os sonhos e as luzes acesas

fora disso os pesos e as angústias estavam mais perto
embora fosse perceptível claramente os nichos por onde se escondiam
ora atrás do ouvido de um
talvez embaixo de um caichinho
também no que de você me era desconhecido
por assim ser


tinha sentido
talvez seja esse o meu ponto
pois era claro
- quando não é claro as mensagens não dizem o que são
(comunicação maldita)


a loucura ria desordenadamente da realidade
como uma mãe passa as mãos no cabelo do filho
o real é tão estúpido e puro como um filho
um filho da mãe

então fechava os olhos
enquanto o vento aumentava
e enchia a noite de luz (na verdade o breu é uma luz escura)
embora levasse no rosto um quieto riso
piedosamente

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