terça-feira, setembro 28, 2010

no ceiling

se aproximar,
não como a maré
enganadora com suas coxas de sal e água.
como a paz,
sobrevindo algo delicioso e delicado
dentro do olho, escuro do quarto.
entre motins
e gritos mudos
tem um estado em mim que não se cala
patético silêncio.
um sorriso quase estúpido,
passo ante passo
perseguindo.
mais perto.
mais perto.
escuto o seu eco naquilo que é sólido,
chão e paredes.
mais perto,
desconheço seu tempo,
forma, nome,
espaço.
pressinto,
e tola
sorrio.

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