domingo, maio 08, 2011

tempesto

às vezes, quando o mundo se distrái e faz um pouco de silêncio,
eu percebo algo de sentir.
sinto o som salgado, e abro bem as mãos esperando ele sair.
agora estou aqui,
de olhos abertos,
em cima do meu mundo.
aqui eu me alimento das folhas das parreiras
e bebo sem reclamar da água salobra de rio e mar.
não é de chorar esse sentir, nem de rir.
é de ser só travessia,
ser o sabor
asfixiante,
a quase morte
de deixar a tempestade viver em mim
e nutrir-me do raio.

2 comentários:

Julia disse...

to me apaixonando pelos seus blogs!

Ana Roman disse...

que legal neguinha!
mó importante!