terça-feira, maio 23, 2006

e te ofereço elogios

buscava, descontruindo, o seu encanto.
o nariz...
desconstruindo: todos os narizes são iguais.
algo mais, entre o corpo e a psique.
do todo, para o encanto, não existem as partes.
(entre cada frase ela hesita como uma menina tola,
apesar de seus trinta anos.)
as mãos,
ela fala,
concentrada,
a mão esquecida rodando,
(se metralhadora fosse mataria a todos)
veias saltadas, morena, lisa.

eu olhava, e procurava, em cada vereda sua, aonde o encanto produzia.
não era nariz, mão, morenice,
ou o macio.
que nem no mundo não há som e se pensar bem nem sol.
o sol, o som, o sal, e o encanto.
só existiam a partir do mundo,
mas dentro de mim.

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