terça-feira, agosto 22, 2006
só desilusão
e já tudo começa mal demais, sei bem como são esses dias que eu não me lembro de nada. não me lembro como acordo, como durmo e quando sonho. desde de manhã vai crescendo um monstro na barriga, as mãos ficam inquietas, as coxas. se contabilizam as pulsões, se sublima a raiva e o medo. ao meio dia é insuportável, visualizo cortes, muitos cortes, pelo corpo inteiro, continuo andando ajeitando a vida, e o sangue escorrendo cândido pela barra das calças, me espalhando por aí. vejo todas as aulas, e o sangue saindo por todos os buracos, são tiros de cowboys, frases de poetas, e continuo andando, sou milagre, e vivo. fecho os olhos na mesa do bar, rio, rio de luxúria, como nunca ri antes. morro, morro, mas não corro, e não fujo. mas fujo? sei que fujo. e então?
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