carros passando
homens-passarinho,
putas se dando,
e eu..?
só existo de fininho.
então é que fico pensando,
e invento musas e poetas:
faço-os meus enquanto ando.
essas vidas que não são minhas,
se escrevem pelos meus delírios,
retratos vagos de traços e linhas,
anônimos por definição.
borrão inadequado,
por persistir nessa cidade lúcida,
mais de mil léguas cansadas,
mais um grito rouco na esquina.
e se é pouco,
o que deles sinto.
talvez tudo seja ainda,
é por isso que minto.
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2 comentários:
mente nã.
não*
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