eu só vi a noite.
as ruas cheias desse escuro tão denso,
intermitentes luzes laranjas.
eu podia ser aqueles pés pelados andando pelo asfalto.
eu podia pisar em tantas e tantas poças sem ligar.
eu podia,
toda essa poeira do mundo.
era não te ter ali,
densa, afundada no para sempre daquele segundo,
que eu ficava sem ar dentro da madrugada.
caras e bocas ausentes em mim,
e único rastro o vento
(pelo menos pra mim).
mas era sem razão,
toda equação ia desmontar,
esperar te ver,
e por fim encontrar.
era mentira,
e enquanto fosse era com o vento.
amanhã era segunda,
e todas as mentiras eu já escolhi.
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Um comentário:
por que às vezes te leio e é diferente quando te vejo?
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