segunda-feira, setembro 21, 2009

outros nomes para a angústia

era de um dizer e de um sentir bem simples,
essas coisas que pensava.

por um lado a casa amarela cheia de filhos,
os filhos eram os sonhos,
porque a luz dos pensamentos era as cores que queria.
o desejo do possível,
do sem saber inútil,
bom da matéria vida,
cheio de leveza e presente.

no outro olhava ao contrário o relógio no pulso do professor,
pra que a aula fosse de uma vez pra fora daquela porta.
embora tivesse pena daqueles ponteiros,
cheios de ordinariedade,
apostando corridas como que loucos,
no ritmo da marcha eterna,
voltando sempre ao mesmo lugar.
era uma pena parecida que tinha às pessoas dos pontos dos ônibus,
dos pontos das companhias.
lhe parecia característica teimosa do tempo,
isso de ir e sempre voltar.

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