Ela me chamava de detrás da porta.
Ela que sabia meu nome, me chamava.
Ela que me amava clamava, atrás da porta.
O som da madeira é oco,
agasalhado.
A porta não deixa a temperatura passar,
protege o verão dentro da casa.
Também não a vejo atrás da porta,
se ela tem olhos claros,
modos escusos,
não sei.
Se ela rói as unhas ou gosta das nuvens,
isso tudo só posso perguntar.
A porta não abre,
a porta sem ferrolho,
e sem lado de lá.
A porta passagem
e também ausência.
A porta amor.
Mas amor sem oco,
mais eco.
Amor agasalhado sem porta,
só janela.
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Um comentário:
ela que me amava, clarice.
atrás da porta.
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