quarta-feira, julho 07, 2010

regasu

no salão bem escuro
uma voz de mulher,
grave, profunda,
faz carinho no chão de madeira,
brinca com o vento que afasta as cortinas.

todos os homens e as mulheres são só olhos
para música,
que ninguém sabe de onde vem.

na falta de cor
enchem de melodia
pelo espelho da retina
a silhueta da única mulher que dança.

ela acompanha com os dedos
e o corpo,
a delicadeza da voz sem dono.

ela deixa seu corpo ser tocado
pelas ondas do som.
o ar
e a poesia da canção.

Um comentário:

aninha disse...

http://www.youtube.com/watch?v=6ynwDD_-4lM&feature=related