quinta-feira, agosto 10, 2006

nevasca

toda gelo, pra rimar com cocaína,
de vestido verde,
e trançinha.

passava na minha frente no bar,
todas as vezes necessárias,
pra ainda me deixar longe.

eu sei que eu sou uma criança,
me contentava em ver suas costas,
e seu homem do outro lado da mesa.

ína, da heroína,
seus olhos pedrinhas,
não consigo proferir palavras em sua presença.

queria um dia,
dar um teco
da tua frieza.

queria um dia,
quando largar mão do barbicha,
que sejas minha farinha.

2 comentários:

Anônimo disse...

q coisa bonita. let

Anônimo disse...

hahahha genial!