sábado, setembro 09, 2006

bertioga

em cima da mesa uma noite densa que era dia, fazia do caminho sob o som seco, caminho reto de lama e sangue, fumando cigarros acesos ao acaso, próprio. lua inteira, quase sol, coisas sempre acontecem - nunca visíveis. Agora me debruço no marulhar, assim como o verde, pensar no joyce, no vinho, e pouco importar. difícil as amarras do pensamento, somos isto, e isto quer mais saber apenas do que sabe. concedo-me aos vícios, endureço meus mamilos, e da verdade não sei nada. os passos nunca cessam, mas os olhos tem aptidão para os angulos - só para que possam saber dos erros, as perdas entre os passos. ainda estar aqui é fato. Mãe, você acha que eu sou superficial? ela achava que não, eu também achava que não, mas quiçá.. quiçá... Dentro de mim sinto algo, farei da tarde algo imenso, terei compaixão, amassada nos cigarros e no vinho roubado. e escutarei elis regina.

4 comentários:

Anônimo disse...

quiçá.

aninha disse...

bleh

leonardo marona disse...

quiça é levemente superficial, mas o texto é absolutamente genial.

luis disse...

como uma palavra sozinha pode ser levemente superficial?