sexta-feira, setembro 01, 2006

de noite na cama

era noite ou a luz que entrava se filtrava em mim, me alimentava de ar, deitada e só, acordada te via. trazia a tona todos os absurdos usados pra justificar a vaidade rota. roubando seus segredos guardados tão seguros, aliás, não era outra coisa que fazia durante o resto do dia. passava-os roubando segredos transparecidos nos rodapés. assim, construía teu perfil, do nariz, o cabelo.. pensava em quiçá tacar um beijo, aninhar nos braços.. acabava no frio te observando, a poesia é martirizante mesmo. acho que é porque o mundo gira muito rápido, que tudo muda assim. d'eu te ver e me ver tão maior. e mesmo assim não consiguir estancar o meu carinho escorrendo em vasos dilatados sob pressão. nos ouvidos e poros, esse carinho infinito.

Nenhum comentário: