afastando-me do sono,
tudo vai inexistindo no exato momento.
tudo o que me prende a esse corpo surrado,
os latidos dos cachorros noite a fora,
os tantos e tantos insones assistindo inssossos programas de tv.
as luzes que se combinam formando a noite,
os ruídos do silêncio,
as vozes do passado.
lembranças maturadas que enchem a cara de tédio,
agitam as mãos em movimentos involuntários.
noite a fora, essa noite.
não direi palavra alguma.
corpo nenhum ouvira o meu nome.
presa a esse corpo por tais idéias,
perco o sono,
e para o dom,
a palavra.
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