domingo, dezembro 16, 2007

e as ondas

dilatava a cada hora desgastada em verdades e mentiras na vontade de ficar um pouco mais. despia-me desse orgulho tépido, para que as noites de fato me vestissem com suas cores. não havia muito mais no que confiar. os dias passando, estandarte dos óbitos passados e presentes. esperava não sei com que fome que tudo se desdobrasse em outro estar menos sóbrio, e menos escuro. enquanto isso doia, e nunca pararia de doer, por trás de cada vértebra. de cada espera que teimava em brotar pelos dias. e que morria todas as noites. como semente para as manhãs que nascem. e essas são as únicas que não cansam de viver.

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