domingo, dezembro 16, 2007

waltz

era um como quando, uma vez que a vontade já coçava o corpo todo em se mexer. a rua era muito mais suja e muito boa ainda pra ser. o sol iluminava a podridão daquilo tudo que no escuro nos acolhia. por medo. todos por medo. nós, os leitões acolhidos da chuva, nos abraçando em suor alheio e charfundando em toda espécie de água-benta-nossa-santa-cachaça-benzida. sentiámos tristeza e dançavamos solitários. tocava uma valsa e dançavamos. os olhos secos virados para o lado de dentro, sem espera ou deleite algum. as mãos como uvas passas tocando umas às outras. os ternos bem passados e as mulheres frígidas. copos e copos de alguma bebida desconhecida. o sol, o sal, nenhum gosto a mais.

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