sábado, abril 17, 2010

dormir acordado

Quem dói é o estômago.
A garganta se condensa proibindo os carnavais.
Os olhos não se cansam do seco e do molhado,
intermitência dos momentos.

Talvez fosse dar uma cambalhota no mesmo lugar,
encontrar água,
doce, salgada, salobra,
no limite dos pés.
E o céu nos olhos.

Talvez se tudo não fosse seco.
Não como a terra que vem até o nariz,
mas como piso frio que não se muta.

O sol queima e transforma minha pele.
O cansaço dá motivo pra se esquecer.
Sonhar moldado pelos limites do corpo.

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