A omoplata. Faz um desenho em curva no corpo. Se separa e prende os ombros. Fica ou vai, a pedidos dos músculos, da mão que segura, do sorriso que prevê.
Quando éramos jovens, na idade que o sol nascia para lá do começo das histórias, dançávamos para virar anjos, tentando perder os genitais pelo caminho.
Nunca pudemos virar outra coisa que não os jovens que dançavam e que se tinham olhos que brilhavam, era porque eles eram vazios. Do desejo de sermos anjos restou apenas a omoplata, guardando como vigia o lugar por onde sairá nossas asas, num dia nublado e sem desejo.
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