Enquanto ele andava seus músculos se agitavam num rumor difícil entre o apertão e o relaxo. Ele não considerava essas metamorfoses, e seguia com os olhos retos, a pele acompanhando-o embaixo da camisa. Dina o seguia, recolhendo as gotas que ele deixava escapar da nuca. Enquanto ela queria virar-lhe a sombra, ele o percebia com um orgulho rarefeito, com pressa de ser outras coisas.
Enquanto ela andava o vestido é que lhe caia, e não os passos sob a pele. Ela sorria dócil para ninguém ver, regozijando frouxa e só sua do prazer oculto de servir a outrem.
Eles andavam em passos diferentes, mas no mesmo ritmo. Cada um orgulhoso de dominar o outro.
Um comentário:
vênus e marte.
Postar um comentário