sexta-feira, maio 14, 2010

grito-luz

Quando meus olhos estavam fechados ela deu um grito de luz que me fez cair. Ela me deu a mão e eu pude cair no abismo profundo desses segredos, sem medo da escuridão, porque eu mergulhava nos seus olhos negros e ela me beijava se eu me sentia só.
Enquanto eu caia e o vento molhava minhas orelhas sem medo eu pensava que deveria deixar meu corpo seguir com o mesmo ímpeto, quando fosse hora de acordar e sair andando.
No fim da queda eu me vi só. E trôpega caminhei.
A sua garganta de luz mais uma vez se fechara.
Esperava outros brancos que cruzassem seu caminho,
imaginando ser cegueira o que era apenas medo.

Um comentário:

Ana Roman disse...

escorpião.