as luzes dessa cidade escura me enchem os olhos.
passam os feixes vermelhos por trás da retina,
entorpecendo sensores cansados.
o sono talvez surja como alternativa a fome seca,
ou talvez o susto de olhar-se e não estar nua.
o mar é o único que me consola,
lambendo-me os pés infame,
mostrando-me os seus delicados músculos.
A noite durmo mal e pouco,
tateando os sonhos no escuro,
respirando o ar que você me deixou como lembrança.
acordo com as mil atmosferas a me absorver e levar embora
o sol dissolve tais emoções
e mais um dia passa assim
marcado a lápis
numa parede que não me pertence.
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Um comentário:
Aninha, gostei do seu poema, ainda mais com o lance de parecer um presídio a céu aberto e o caso da incompreensão do outro...
Identificção humana.
Ufa!
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